Grupo parlamentar Brasil-Coreia do Sul é instalado no Senado

O Senado instalou nesta quinta-feira (20) o Grupo Parlamentar Brasil-Coreia do Sul, que terá como objetivo desenvolver cooperação técnica, política e cultural entre os dois países. O grupo será presidido pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e terá como vice-presidente o senador Chico Rodrigues (PSB-RR). A próxima reunião do colegiado está marcada para 24 de maio, quando será debatido o plano preliminar de trabalho para o biênio 2023-2024, com foco nos setores de energia, educação, cultura, ciência e tecnologia, saúde e inteligência artificial, entre outros. Pontes ressaltou que o grupo, que manterá encontros bimestrais, buscará soluções conjuntas para temas como segurança alimentar, limpeza dos oceanos, oferta de água em regiões áridas, mudanças climáticas e comércio entre Brasil e Coreia do Sul. O presidente do grupo parlamentar destacou ainda que Brasil e Coreia do Sul, embora com características distintas, possuem semelhanças e possibilidades de desenvolver parceria estratégica, capaz de promover cooperação mútua, o desenvolvimento e a implantação de ações em diversos setores econômicos dos dois países. Entre os temas a serem debatidos no plano de trabalho do grupo parlamentar, estão comércio e investimento, cooperação em pesquisas de tecnologias inovadoras, energia e meio ambiente, energia renovável e energias limpas, saúde e ciências médicas, intercâmbio de estudantes e professores e parcerias culturais. Ao destacar a relação de amizade entre Brasil e Coreia do Sul, Chico Rodrigues ressaltou que o grupo parlamentar poderá ser uma referência na definição de iniciativas comerciais entre os dois países. Já o senador Zequinha Marinho (PL-PA) saudou a instalação do colegiado e disse que os parlamentares vão estudar as melhores formas de incentivo às relações comerciais, amizade e interação. Embaixador O embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, participou da sessão. Ele ressaltou que seu país e o Brasil já contam com mais de 60 anos de cooperação bilateral. Como exemplo de relação comercial frutífera, citou a atuação da Innospace, a primeira empresa aeroespacial privada a lançar um foguete do Centro de Lançamento de Alcântara (MA), ocorrido recentemente. Lim Ki-mo defendeu ainda a continuidade de investimentos nas áreas de ciência, tecnologia e inovação com a Coreia do Sul, que é a segunda maior parceira comercial do Brasil na Ásia. — Passamos por tempos desafiadores em razão da pandemia de covid. As trocas comerciais entre os dois países são de mais de US$ 11 bilhões. Empresas coreanas, como a Samsung, estão estabelecidas em diferentes regiões do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento local. Nessas condições, Coreia e Brasil poderão formar maior parceria comercial, para a qual a diplomacia cumpre papel primordial por meio do grupo parlamentar, sendo possível expandir o intercâmbio bilateral — afirmou o embaixador. A instalação do grupo parlamentar contou ainda com a participação de representantes da Innospace, da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior, da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), da Associação Brasileira de Proteína Animal, do Instituto de Governança, da Academia Nacional de Medicina e da Câmara Brasil-Coreia do Sul.