O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçou pedido junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para que o Brasil receba prioridade do consórcio internacional Covax Facility na entrega antecipada de vacinas contra a covid-19.
Nesta segunda-feira (12), em conversa por telefone com o presidente da ONU, Antônio Guterres, Pacheco novamente expôs a situação dramática por que passa o Brasil na pandemia do coronavírus. Em 1º de abril, o país registrou sua maior média móvel de mortes (3.119). Na data, o presidente do Senado enviou ofício ao secretário-geral da ONU, no qual solicitava apoio do organismo e de outros países para acelerar a vacinação contra a covid-19 no Brasil.
Neste domingo (11), o Brasil totalizou 353.293 óbitos desde o início da pandemia — em março de 2020 — e registrou 1.824 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. A média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias chegou a 3.109, a segunda maior, inferior apenas ao número de 1º de abril. Os dados constam de levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia no Brasil, elaborado a partir de informações das secretarias estaduais de Saúde.
Interlocução
Em março, Rodrigo Pacheco assumiu o papel de interlocutor dos governadores no comitê de gestão de enfrentamento à pandemia, grupo instituído e coordenado pelo Executivo com o objetivo de organizar ações efetivas de atendimento à população entre os municípios, estados e Poderes da República, como a aquisição de mais vacinas e insumos para o atendimento da população contaminada pelo coronavírus.
No último dia 31, após a primeira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, ocorrida no Palácio do Planalto, Rodrigo Pacheco ressaltou a importância de um alinhamento da comunicação social do governo e do presidente da República para uniformizar o discurso de que é necessário se vacinar, usar máscara, higienizar as mãos e fazer distanciamento social para conter a pandemia.
Na avaliação de Rodrigo Pacheco, o comitê nacional criado para enfrentar a crise da covid-19 é uma iniciativa que vem para somar, em um esforço conjunto entre várias lideranças políticas na busca de uma resposta para a população. O presidente do Senado destacou que o comitê surgiu em um momento crítico, depois de um ano de pandemia. Ele ressaltou ainda que a falta de insumos, de vacinas e de leitos evidencia a crise aguda que o país está atravessando no combate ao coronavírus nas últimas semanas.
Autorização especial
Em 19 de março, Rodrigo Pacheco enviou à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, um pedido de autorização especial para que o Brasil compre vacinas contra a covid-19 do estoque americano. Harris é também a presidente do Senado dos Estados Unidos, uma vez que, no sistema americano, os dois cargos se acumulam. Pacheco, por sua vez, exerce a presidência do Congresso Nacional.
No documento, Pacheco declara o interesse do Brasil em adquirir doses de vacina estocadas pelos Estados Unidos e ainda sem a previsão de uso local. Não há uma estimativa de número de doses a serem transferidas. Ele ressalta que o gesto "aprofundaria os laços de cooperação" entre os dois países e teria repercussões positivas internacionalmente, uma vez que o Brasil é, hoje, o "epicentro" da pandemia.
A mensagem também estende a oportunidade para que o Congresso e o governo americanos sugiram outras iniciativas de colaboração entre o Brasil e os Estados Unidos na área da saúde e do combate à pandemia.
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