Como forma de intensificar as ações de combate à pandemia em Minas Gerais, o governador Romeu Zema anunciou, nesta terça-feira (20/4), que o repasse para financiamento de leitos de UTI por parte do Estado passará a ser de R$ 46 milhões mensais. A média mensal dos últimos meses foi de R$ 21 milhões, somando leitos de UTI para pacientes com covid-19, leitos de UTI de outras destinações que também têm sido utilizados no tratamento de infectados pela doença e leitos de enfermaria.
O financiamento foi comunicado durante reunião com prefeitos das cidades que possuem mais de 100 mil habitantes, consideradas “cidades-polo”, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
“Nos últimos meses, gastamos pelo menos R$ 21 milhões mensais com essa destinação. Com o agravamento da pandemia, esse valor está chegando a R$ 46 milhões em abril. O Estado está aqui para devolver para a população aquilo que ela paga com tanto sacrifício a título de impostos. Estamos fazendo tudo o que é possível, queremos ajudar no que estiver ao nosso alcance”, afirmou o governador.
Zema também reafirmou o compromisso de manter o diálogo com os municípios, para entender as principais necessidades locais neste momento.
“Quero lembrar que estamos no mesmo barco, juntos. Sabemos que não adianta fazer só a nossa parte, neste momento é preciso ajudar os municípios. No passado, as prefeituras não recebiam 100% dos repasses que tinham direito. Hoje, recebem 100% e têm o adicional do parcelamento que fizemos, no valor de R$ 7,2 bilhões”, afirmou, referindo-se ao acordo firmado entre o Executivo estadual e a Associação Mineira de Municípios (AMM) para regularização de repasses do ICMS, do IPVA e do Fundeb, em atraso desde 2017.
Também presente no encontro, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, ressaltou o compromisso da gestão estadual de trabalhar em conjunto com as prefeituras. “A nossa intenção é ouvir os prefeitos, entre eles os representantes das cidades com mais de 100 mil habitantes, as cidades-polo, que, além de cuidar dos seus, também cuidam dos vizinhos, das regionais. Queremos ouvir as demandas, dialogar e prestar, na medida do possível, nosso apoio e solidariedade a cada um dos prefeitos. A situação do Estado não é fácil, mas estamos aqui para trabalhar”, disse.
Entre os assuntos discutidos no encontro estão a reposição de insumos para os hospitais, os recursos no enfrentamento da pandemia, os recursos e dívidas relacionados à Saúde, a vacinação e o auxílio emergencial.
União
A prefeita de Vespasiano e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), Ilce Rocha, destacou a importância da união para o enfrentamento da pandemia.
“Agradeço por esse espaço para discutirmos questões comuns. Neste momento, eu diria que só muda o número de habitantes e as cidades, mas os problemas são muito próximos e pertinentes a todos. Eu e o presidente da AMM, Julvan Lacerda, estivemos aqui na última sexta-feira trazendo pautas que vejo que são de todos os prefeitos. Quanto mais ficarmos juntos no mesmo propósito, mais chances temos de passar por esse momento tão difícil para todos”, afirmou.
Durante a reunião, o prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, também enfatizou a importância da união entre as gestões municipais e estadual. “A situação toda ocorre na ponta, no município. Não posso deixar de registrar que tem sido um alento compartilhar experiências e poder trazer essas demandas ao governador. Não é o momento de politizar as ações, nada melhor que o diálogo. A aproximação entre todas as partes é fundamental neste momento”, finalizou.
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