Na tarde da última terça-feira (20) após uma reunião entre o executivo e legislativo, um manifesto foi enviado ao Governador Romeu Zema pedindo a não interdição do Mercado Municipal prevista para acontecer na manhã desta sexta-feira (23), por não conformidades no processo de obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
O prefeito André Merlo explica que o manifesto teve o apoio de deputados, para que a situação seja resolvida sem a necessidade de interdição. “O município já cumpriu com todos os compromissos assumidos, mas alguns lojistas ainda não conseguiram se adequar. Esperamos que com o nosso manifesto, o Estado tenha entendido a importância do Mercado Municipal aberto em nossa cidade e que nosso pedido seja acatado, mesmo que parcialmente, deixando abertos os estabelecimentos que já se adequaram”, pede André Merlo.
O prefeito lembra ainda que das 200 lojas existentes, 96 estão totalmente em conformidade com as exigências e outras 82 em processo de conclusão das adequações, faltando para tanto detalhes como sinalização ou guarda-corpo em escadas. “Também a área comum, que é responsabilidade da Prefeitura, encontra-se totalmente em conformidade, tendo sido concluídas todas as obras apontadas pelo Corpo de Bombeiros. Entre as lojas que não estão adequadas ou se adequando, a grande maioria encontra-se fechada, e que para sanar este problema a Prefeitura tem estudado formas de devolvê-las ao município para que possamos realizar as obras necessárias”, afirmou o Prefeito.
Entenda a situação do Mercado Municipal
Parte das adequações que integram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Município, Associação do Mercado e Ministério Público em 2017, ainda persistem. O objetivo desse TAC é ajustar todas as normas e instruções técnicas de segurança contra incêndio e pânico. Os compromissos assumidos neste acordo foram divididos entre Associação e Município. As ações passaram pela elaboração do projeto de combate a incêndio que incluem o interior das lojas (responsabilidade dos lojistas) e área externa (do Município). O município já cumpriu com todos os compromissos assumidos, mas muitos lojistas ainda não conseguiram se adequar.
Ainda que nem todas as adequações tenham sido resolvidas pelos lojistas, o prefeito André Merlo pede que a interdição não aconteça. “Sabemos da importância, seriedade e compromisso do brilhante trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, de forma nenhuma queremos, por este manifesto, desconsiderá-lo, mas pedimos especial atenção a esta situação do Mercado de Governador Valadares. Interditar o maior e mais antigo centro comercial de uma cidade polo como é Governador Valadares, é desferir um duro golpe que será sentido em toda a cadeia produtiva que converge para o Mercado Municipal. Diante disso, pedimos a suspensão temporária do processo, de forma que não haja a interdição, dando aos lojistas e trabalhadores maior prazo para a solução dos problemas, evitando desta forma a falência de pequenos comerciantes e um significativo agravamento na crise econômica da região”, pediu o prefeito.
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