Depois de oficializar sua candidatura à presidência da CPI da Pandemia, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu, em pronunciamento nesta sexta-feira (23), que a sociedade se mobilize em torno da sua pretensão de concorrer ao cargo.
Para o senador, esse apoio é importante para "furar" o que ele chamou de "acordão" existente na definição do comando da Comissão, que será instalada na próxima terça-feira (27).
Girão lembrou que cabe ao presidente da CPI a escolha de quem será o relator. Caso seja eleito, ele disse que vai indicar para o cargo um senador que não tenha qualquer conflito de interesse no exercício da missão, que atue com independência e que conduza os trabalhos de acordo com critérios técnicos.
— Quero deixar muito claro que seria uma covardia com o povo brasileiro, seria um desrespeito, uma desumanidade se fazer uma CPI com algum tipo de interesse político-eleitoreiro para 2022. A população não merece isso de nós, num momento de tanta dor, de tanto sofrimento na questão da saúde pública, na questão do desemprego que assola o nosso país e da fome. Então, não é hora de fazer política. É hora de deixar a política de lado e procurar salvar vidas e poupar sofrimento e buscar a verdade, com muita responsabilidade.
Inicialmente, o objetivo da comissão era investigar apenas os atos do governo federal no combate à pandemia. No entanto, Eduardo Girão disse que, com apoio da sociedade, conseguiu viabilizar um requerimento seu, estendendo o foco das apurações para eventuais irregularidades no uso de dinheiro repassado pela União aos estados e aos municípios.
Segundo ele, essa ampliação torna mais independente e justa a atuação da CPI.
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