O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou a votação de projeto de lei em análise na Cãmara dos Deputados que viabiliza a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa em sua formulação (PL 399/2015). A matéria está sendo analisada em uma comissão especial da Casa.
— A gente sabe os interesses que estão por trás disso tudo. São indústrias poderosas que não querem se preocupar com quantas gerações nós vamos perder, querem o lucro. Esse lobby poderoso que atua aqui na calada da noite, que atua há muitos anos no Congresso Nacional, está próximo de conseguir algo que é nefasto — afirmou.
O senador ressaltou que o Congresso tem outras prioridades para serem votadas na pandemia, como as reformas tributária e administrativa. Para ele, o projeto quer transformar o Brasil no maior produtor e exportador de maconha do mundo, facilitando a comercialização de produtos à base de Cannabis, como gêneros alimentícios e cosméticos.
Em relação a fabricação de medicamentos para doenças como epilepsia refratária, Girão afirmou que não é preciso fazer plantio de maconha para produzir esse tipo de remédio, pois é tudo feito em laboratório.
Girão destacou ainda que a a Polícia Federal não tem condições de controlar o plantio de maconha no Brasil por conta da extensão do país.
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