A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (1º) a Operação Fake Adress II. A ação é um desdobramento de investigações realizadas pela PF durante operação realizada em outubro de 2020 e tem como objetivo apurar possíveis crimes de falsidade ideológica eleitoral, alistamento fraudulento e corrupção eleitoral em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
“As investigações se iniciaram após o Juíz da 188ª Zona Eleitoral de Pinhais ter detectado 51 transferências de domicílio eleitoral utilizando comprovantes de endereço falsificados. Foi possível vincular tais transferências a dois moradores de Curitiba que, de acordo com as investigações, foram contratados pelo irmão de um candidato em Pinhais para buscarem eleitores domiciliados na capital”, explicou a PF em nota.
As pessoas contratadas pagavam eleitores para que mudassem o domicílio eleitoral. Havia ainda a promessa de pagamento complementar caso votassem nas eleições 2020. Durante as investigações aos agentes descobriram que o irmão do candidato providenciou advogada para seus contratados, com o objetivo de inibir a apuração de sua responsabilidade criminal, inclusive com fornecimento de informações falsas.
Três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas residências dos irmãos e no gabinete do candidato. O político, que não teve a identidade revelada, conseguiu ser eleito vereador em Pinhais. O objetivo das buscas, além de indícios da responsabilidade criminal dos contratantes, é identificar outros eleitores que participaram do mesmo esquema.
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