Em pronunciamento nesta terça-feira (8), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou que não há dúvidas de que a reforma administrativa é necessária para tornar o Orçamento da União mais equilibrado e com mais espaço para os investimentos de que o Brasil precisa.
Segundo ele, de uma arrecadação anual em torno de R$ 1,5 trilhão, apenas R$ 100 bilhões sobram para investimentos em estradas e escolas, por exemplo. O restante é usado para o pagamento dos juros da dívida pública, de aposentadorias e pensões e de salários de servidores da ativa. Parte desse dinheiro também é transferida para estados e municípios por força da Constituição.
Nesse sentido, a reforma administrativa poderia reduzir as despesas previstas no Orçamento da União referentes aos servidores públicos federais da ativa, disse Confúcio.
Segundo o senador, no entanto, algumas categorias, integradas por pessoas influentes e com força política e apoio de sindicatos, não abrem mão de seus direitos, o que dificulta a implementação das mudanças que podem ajudar a reduzir os gastos com pessoal, ponderou.
— Ninguém quer tirar é nada. E como fazer reformas para sobrar dinheiro para investimento para o povo, para [reduzir] a desigualdade para o povo pobre? De duas maneiras: ou você faz uma força parlamentar forte e faz o que deve ser feito, cortando de todo mundo, sem privilégios, ou você vai fazendo cortes progressivos ao longo do tempo. Mas tem de ser feita essa reforma administrativa e outras reformas também, como a tributária e a do pacto federativo.
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