O corpo do embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima deve ser sepultado ainda hoje (13) em Belo Horizonte. Ele morreu ontem (12), em Brasília, aos 88 anos, em decorrência de complicações de uma infecção urinária. Na manhã desta terça-feira, o Itamaraty realizou uma cerimônia restrita de honras fúnebres com a participação do ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores prestou condolências à família e aos colegas e afirmou que o embaixador defendeu os interesses do Brasil “com determinação, patriotismo e profissionalismo”.
A pasta destacou a atuação de Flecha de Lima ao projeto de modernização da diplomacia econômica e comercial do Brasil. Foi nomeado chefe do Departamento de Promoção Comercial em 1973, cargo que ocupou por mais de uma década e no qual “liderou profunda transformação das atividades de promoção comercial do Brasil no exterior”. Em 1984, foi nomeado Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Comerciais.
Flecha de Lima ingressou no Itamaraty em 1955 e, em 1985, alcançou o mais alto posto de carreira diplomática, tornando-se Secretário-Geral das Relações Exteriores. Nesse contexto, desempenhou “papel fundamental na inserção internacional do Brasil na fase final da Guerra Fria”. Também foi embaixador do Brasil em Londres (1990-1993), Washington (1993-1999) e Roma (1999-2001).
“Ao longo de sua carreira, o embaixador Paulo Tarso dedicou-se ao ideal de que a política externa pode e deve contribuir para melhorar concretamente a inserção internacional do País e a vida de todos os brasileiros. Sua coragem e criatividade marcaram todos que tiveram a oportunidade de trabalhar a seu lado”, diz a nota.
O embaixador foi casado com a embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, que faleceu em 2017, com quem teve cinco filhos.
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