Em pronunciamento, nesta terça-feira (13), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) chamou de “arbitrária” a decisão do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM) de solicitar perícia médica do Senado para avaliar o atestado apresentado pelo reverendo Amilton Gomes de Paula, que participou de negociações para venda de vacinas em nome do Ministério da Saúde. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (14), mas Amilton apresentou atestado, informando que não poderá comparecer, por causa de problemas renais.
De acordo com Girão, a atitude do presidente da CPI foi “equivocada e deselegante”, tendo em vista que outros depoentes também apresentaram alegações semelhantes, devido à pandemia da covid-19. Na opinião do senador, o reverendo é uma peça importante e precisa ser ouvido sobre a questão da vacina Covaxin, mas que decisões como esta geram desconfiança sobre as avaliações médicas.
— Ou seja, o médico que deu o atestado a ele é colocado em suspeição. Nós não podemos mais confirmar nem nos médicos. Eu sei que eles estão sendo perseguidos no Brasil, especialmente aqueles especialistas renomados que defendem o tratamento preventivo ou precoce. Portanto, mais uma vez, nós vemos médicos sendo perseguidos com relação ao seu trabalho. O que o presidente da CPI deveria fazer era esperar dois ou três dias, até que o depoente melhorasse. Isso não iria fazer qualquer diferença — declarou Girão.
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