A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Eleitoral do Rio Grande (MPRS) desenvolvem hoje (9) a Operação Gaspar. Ela investiga a suposta prática de crimes eleitorais e de desvio de recursos públicos na campanha eleitoral municipal de 2020.
Segundo a PF, a ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos em contrato para limpeza urbana, firmado entre a prefeitura de Uruguaiana (RS) e uma empresa de Santa Catarina, que presta serviços desde 2017 ao município.
Pouco antes das eleições, a empresa contratou varredores de ruas fantasmas, alguns residentes em Santa Catarina, parentes dos próprios empresários investigados, havendo indícios de desvio de parte desses valores para a campanha eleitoral.
O inquérito policial apura crimes de licitação, omissão em prestação de contas eleitorais e apropriação de bens públicos. As pessoas que figuram como investigadas são agentes públicos e empresários.
Na ação desta terça-feira, 50 policiais federais e dez membros e servidores do Ministério Público Estadual cumprem 12 mandados de busca e apreensão em Uruguaiana, deferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS).
“Com base no compartilhamento de prova colhida durante a investigação da Operação Pombo de Ouro, em Santa Catarina, o Ministério Público Eleitoral do Rio Grande do Sul representou pela cassação dos mandatos dos agentes públicos investigados. O MPRS também instaurou inquérito civil para investigar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos por empresários e agentes públicos”, informou a Polícia Federal.
A operação foi batizada de Gaspar em alusão ao personagem de desenho infantil Gasparzinho, conhecido pelas crianças como o fantasminha camarada, considerando que a forma de desvio de recursos teria decorrido da contratação de funcionários fantasmas.
Mín. 20° Máx. 27°