Senadores manifestaram preocupação com o impacto da guerra na Ucrânia sobre a economia brasileira, durante a reunião desta terça-feira (8) da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). As sanções impostas à Rússia pelos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) levaram a altas dos preços do barril de petróleo e das commodities. A possível suspensão das exportações russas de fertilizantes também eleva o risco de inflação.
— O mundo vê isso com medo das consequências, pelo que significa o fertilizante para os países do agronegócio, o gás e o petróleo para parte da própria Europa. Se os fertilizantes explodem, o preço da soja também vai explodir, o preço do milho também vai explodir, o preço do algodão também vai explodir. E isso tudo é um efeito-cascata, em que, seja no começo, seja no fim, está o ser humano — lamentou Eduardo Braga (MDB-AM).
Tasso Jereissati (PSDB-CE) cobrou do governo brasileiro uma "posição muito clara e firme" em relação à guerra:
— Não é questão de fertilizantes com preço mais caro, mas é uma questão de civilização, de um momento que nós estamos vivendo em que o mundo está retrocedendo de uma maneira lamentável e perigosa.
Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), fez uma analogia com o Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
— Não tem justificativa, deixo bem claro, para o que o presidente da Rússia [Vladimir Putin] está fazendo, mas as grandes potências que lá na Segunda Guerra assistiram ao Holocausto de braços cruzados [estão] assistindo de braços cruzados ao sofrimento do povo ucraniano — afirmou.
Esperidião Amin (PP-SC) propôs que a CRE realize audiência pública sobre a guerra.
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