Ao lembrar o Dia internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira (8), a senadora Nilda Gondim (MDB-PB) disse, em pronunciamento no plenário, que, apesar de algumas conquistas, as mulheres enfrentam lutas diárias por igualdade, seja no mercado de trabalho, seja contra a violência de gênero, o machismo, além da igualdade política entre gêneros.
Ao citar dados do último Relatório Global do Gênero, do Fórum Econômico Mundial (FEM), informou que o Brasil está muito atrasado nessa pauta. Um dos atrasos que merecem destaque é a “vergonhosa” posição do país na questão da desigualdade entre homens e mulheres na política. Dados mostram que, no ranking de 156 países, o Brasil figura na posição 108.
— Mesmo sendo maioria na população brasileira, ocupamos apenas 15,2% das cadeiras no Parlamento e apenas 10,5% nos postos ministeriais. Esse cenário precisa mudar — declarou.
Segundo a senadora, essas informações demonstram o quanto a sociedade precisa avançar na elaboração de políticas públicas, particularmente nesse quesito. Destacou também o crescimento do feminicídio, que virou um drama, enfrentado por muitas mulheres brasileiras. Mesmo uma legislação penal dura não intimida os agressores. Portanto, em sua opinião, é urgente que o governo federal se proponha a efetivar políticas públicas de proteção às mulheres e de estímulo à igualdade de gênero.
— O que vemos, neste governo, é uma redução do orçamento destinado a esses objetivos. O de 2022 ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sofreu um corte de 67% em relação ao valor destinado à pasta em 2020. De acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o orçamento passou de R$ 132,4 milhões para míseros R$ 43,2 milhões. Pasmem os senhores, colegas senadores: esses números demonstram o total descaso e a falta de sensibilidade deste governo para com a pauta feminina — afirmou.
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