Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostra que 74% dos brasileiros acham que a situação da pandemia de covid-19 no país está piorando. A percepção de 16% das pessoas é que não houve melhora nem piora, e apenas 9% acham que a situação da fase atual da pandemia está melhorando – 1% não soube responder.
Os dados, divulgados hoje (16), são da 6ª edição do Observatório Febraban. A pesquisa foi realizada de 1º a 7 de março, e entrevistou três mil pessoas - todas com mais de 18 anos - das cinco regiões do país.
De acordo com o levantamento, a percepção sobre o agravamento da pandemia advém, além da exposição ao noticiário, da experiência pessoal com a covid-19: 55% dos entrevistados têm familiares que já se contaminaram com o novo coronavírus, e 52% das pessoas ouvidas já perderam pessoas próximas para a doença.
“Pelos dados da pesquisa, esse grau muito elevado de pessimismo ou preocupação com relação à evolução da pandemia leva a uma compreensão melhor, por parte das pessoas, das iniciativas das autoridades sanitárias com relação, por exemplo, às medidas de restrição”, destacou o sociólogo Antonio Lavareda, presidente do conselho científico do Ipespe.
Apesar da experiência próxima com a doença, metade dos entrevistados (50%) apontou que experimentou sentimentos positivos, como esperança, alegria e orgulho, na semana anterior ao levantamento. Para 46%, no entanto, os sentimentos lembrados foram negativos, como medo, tristeza e raiva – 4% não soube responder.
Para a maioria (55%) dos entrevistados, as ações dos governos locais, estadual e municipal, para controlar as aglomerações estão abaixo do necessário; 36% acham que o controle está na medida certa; e 7% entendem as ações como exageradas.
“Ao contrário do que o senso comum, às vezes, sugere, de que havia uma grande vocalização de oposição da população, da sociedade, e de muitos seguimentos da sociedade às medidas tomadas por governadores e prefeitos, há, sobretudo, uma reclamação com relação à necessidade de medidas ainda mais duras, mais restritivas”, ressaltou o sociólogo.
Segundo a pesquisa, 77% dos brasileiros avaliam a vacinação como a única forma segura e eficaz de se proteger da doença; já 19%, não confiam na segurança e na eficácia da vacina, e 4% não sobe responder.
Para 81% é insatisfatório e lento o ritmo de vacinação, porque deveria ter havido um melhor planejamento. Já para 16%, a velocidade é satisfatória e normal diante da oferta das vacinas disponíveis.
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