Em pronunciamento nesta terça-feira (8), o senador Chico Rodrigues (União-RR) aproveitou o período de transição entre os governos do presidente Jair Bolsonaro e do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para sugerir a criação do Ministério da Amazônia.
Na opinião dele, neste momento de mudança, em que os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, a medida daria ao país uma instituição com poder político e de intervenção, dotada de dinheiro e de pessoal, para promover ações que garantirão o desenvolvimento econômico da Amazônia, sem descuidar da preservação ambiental e do respeito à diversidade social existente na região.
Por suas peculiaridades, disse Chico Rodrigues, a Amazônia exige um tratamento diferenciado, que leve em conta a sua complexidade. Ele chamou a atenção para o fato de que, numa área que representa 60% do território do país, vivem 30 milhões de brasileiros, muitos dos quais privados de acesso à água potável, justamente numa região que contém 20% da água doce do planeta.
— Esse modelo de desenvolvimento deve contemplar questões como o uso sustentável de recursos naturais, infraestrutura para seus habitantes, regularização fundiária, combate à criminalidade, promoção do desenvolvimento científico e tecnológico, bem como indução e apoio às atividades econômicas que sejam compatíveis com a perspectiva de atendimento das necessidades de geração atual sem comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. É chegada a hora de um olhar mais integrado sobre uma região de extremos, na qual a vastidão de sua área e a sua enorme riqueza natural e mineral contrastam com a carência econômica e social da sua população — advertiu.
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