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Integração nacional marca colaboração da PCMG no combate à criminalidade

Série de operações, desencadeadas em parceria com outros estados, alcança resultados positivos

22/03/2021 às 17h30
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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Nos últimos dois meses, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)realizou uma série de operações policiais que reforçam a importância das parcerias interestaduais. Foram ações no Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo que mostraram o compromisso contínuo de integração entre as forças de segurança para repressão a crimes violentos em nível nacional.

Para o chefe da PCMG, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva, o trabalho conjunto desenvolvido entre as instituições policiais é essencial não somente para a proteção das divisas e fronteiras, mas também para unir esforços no enfrentamento qualificado à violência. “Estamos muito bem sintonizados com as polícias judiciárias, militares e federal em todo o país, o que se demonstra em ações policiais de grande relevância que, de fato, trazem sensação de segurança para toda a população”, afirma.

O delegado Álvaro Homero Huertas dos Santos também enfatiza a parceria entre as instituições. "A integração das forças policiais em todo o Brasil aprimora o conhecimento das práticas criminosas, aumenta a eficiência das operações policiais e cria mecanismos de prevenção e repreensão contra o crime. A proliferação de ações interestatais das organizações criminosas faz com que as forças de segurança ampliem a colaboração institucional visando o combate a essa prática", diz.

Ações interestaduais

Dentre as operações conjuntas, recentemente desencadeadas pela PCMG em outros estados, destacam-se ações de combate ao tráfico interestadual de drogas, crimes patrimoniais, homicídios e violência contra a mulher.

Em Guarapari (ES), por exemplo, foram duas prisões por meio do serviço integrado de inteligência policial e operacional, na última semana. “Em uma das prisões, a gente tinha a informação de que o suspeito estava foragido em Guarapari. Demos todo o apoio aos policiais mineiros e, em menos de 12h, eles conseguiram a localização exata do suspeito e efetuamos, em conjunto, a prisão”, elogia o delegado regional em Guarapari, Raphael Ramos Corrêa Luiz. “Além de uma proximidade fraterna entre os dois estados, temos orgulho de trabalhar em conjunto. A polícia judiciária é uma só e estamos juntos no enfrentamento à violência”, completa.

Uma das prisões na cidade capixaba, de um homem de 52 anos, suspeito de atirar contra vizinhos em um condomínio em Belo Horizonte, provocou repercussão positiva entre os dois estados. "É uma parceria permanente que confirma o interesse das polícias judiciárias em combater a criminalidade onde quer que ela esteja”, destaca o delegado da PCMG em BH, Éric Brandão, que também reitera o apoio irrestrito da Polícia Civil do Espírito Santo.

A valorização do trabalho integrado é compartilhada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), José Darcy Arruda. “A PCES fala diretamente com as polícias civis de todo o Brasil. Hoje, há uma grande interação, que envolve troca de informações, de inteligência entre as polícias. É um pacto de cooperação muito importante que, inclusive, consolida uma parceria de longa data com a PCMG", ressalta.

Força Nacional

Três investigadores e um escrivão da PCMG, que atuam na Força Nacional de Segurança Pública, participaram de operação realizada pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES) em 10/3, em Cariacica (ES). A ação, que teve como objetivo investigar a comercialização de maconha, realizada por um suspeito de 29 anos, resultou na apreensão de 80 quilos da droga.

“O êxito na apreensão das substâncias entorpecentes e a prisão dos responsáveis foi fruto de um trabalho investigativo cauteloso dos policiais civis mineiros que atuam na Força Nacional, em conjunto com os policiais civis do Departamento de Narcóticos da PCES”, observa o investigador mineiro Luiz Gustavo de Almeida Roberto, O tráfico é, segundo ele, a principal motivação de homicídios registrados naquele estado.

No mesmo dia, em outra ação integrada de combate ao narcotráfico, policiais civis mineiros prenderam, em Corumbá (MS), um homem apontado como responsável por operar o tráfico de drogas entre os dois estados. O homem seria o contato direto com bolivianos para distribuição de cocaína a traficantes em todo o país. A prisão foi possível a partir da troca de informações entre a Delegacia de Polícia Civil em Mariana (MG) e a Delegacia Regional de Polícia Civil em Corumbá.

Ainda naquele estado, em fevereiro, o investigador da PCMG André Menezes, atuante na Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi/MJSP), participou de investigação e operação conduzida pela Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul (PCMS), em Ponta Porã, região Centro-Oeste do país. Na ocasião, cinco suspeitos foram presos em flagrante e foram apreendidos um adolescente de 14 anos e sete toneladas de drogas.

Crimes patrimoniais

Em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a PCMG deflagrou em 10/3 a operação Viatorem, que resultou na prisão de quatro suspeitos por envolvimento em um grupo criminoso especializado no roubo de cargas no estado de São Paulo. Em um dos roubos, a quadrilha teria gerado prejuízo superior a R$ 1 milhão para o transportador de um carregamento de cosméticos.

Em fevereiro, a operação Panaceia, outro trabalho conjunto com a PCSP, resultou na prisão, em cidades mineiras e paulistas, de seis homens também suspeitos por roubos de cargas. No mesmo mês, a operação Gança, em parceria com a mesma instituição, teve como saldo a prisão de sete integrantes de um grupo criminoso envolvido com crimes patrimoniais em cidades do Sul de Minas e também na capital paulista.

Homicídios

Dois suspeitos por homicídios cometidos em Minas Gerais foram presos em ação conjunta com a PCES, em 8/3, durante duas ações distintas. Um homem, de 40 anos, foi detido no Espírito Santo pelo crime cometido no dia 13 de fevereiro, em Divino, na Zona da Mata mineira. O segundo investigado, de 31, foi preso, também no estado vizinho, por participação no assassinato de um homem em Santa Maria do Suaçuí, região Leste do estado, no dia 12 do mesmo mês.

“É o que falo constantemente com a minha equipe: nós vamos onde precisarmos ir para cumprir a lei e a missão de polícia judiciária. E essa relação com os demais estados é muito importante para mostrar aos criminosos que não adianta fugir, nós estamos unidos contra eles”, enfatiza o delegado Douglas Mota, empenhado diretamente na prisão de um dos suspeitos no Espírito Santo.

Em Goiás, um homem de 31 anos, suspeito por homicídio ocorrido em Paracatu (MG), também foi preso pela PCMG neste mês, em consequência da troca de informações com a Polícia Civil goiana. Conforme explica o delegado Gustavo Henrique Ferraz Silva Lopes, essa é a terceira prisão pelo mesmo tipo de crime mediante colaboração interestadual nos últimos meses. “O que demonstra o empenho e profissionalismo dos policiais civis mineiros e de outros estados na elucidação e repressão dos crimes violentos”, diz.

Crimes contra a mulher

Em Salitre, interior do Ceará, a PCMG coordenou a prisão de dois irmãos, de 24 e 29 anos, durante a operação Anjos da Guarda. Eles eram procurados pelo estupro de uma menina, de 8 anos, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A ação contou com o apoio de uma aeronave da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), além da participação de policiais civis e militares daquele estado.

“Os nossos policiais, com uma investigação ímpar, conseguiram localizar os suspeitos na cidade cearense, onde não foram poupados esforços das forças de segurança para nos auxiliar na prisão. Foi uma parceria fantástica”, ressaltou o chefe do Departamento de Polícia Civil em Uberlândia, delegado-geral Marcos Tadeu de Brito Brandão.

Já na cidade de Paranaguá, no Paraná, foi preso um homem, de 40 anos, que agia como cyber stalker – quando o suspeito, por meio da internet, persegue uma vítima, geralmente mulher, para cometer crimes contra a honra, ameaças e extorsões. Os crimes foram cometidos contra uma juíza residente em Unaí, no Noroeste de Minas.

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